Chegou a hora de adquirir um aquecedor de água a gás e você tem dúvidas sobre qual o modelo ideal? Talvez você já tenha dado uma olhada em algumas opções, consultado alguns vendedores, e a dúvida ainda persiste, não é mesmo?
Se você busca um novo aquecedor para um imóvel já preparado ou está substituindo um aquecedor antigo, algumas questões você já deve ter as respostas em mãos na hora de avaliar os produtos. Essas questões também são úteis para quando você deseja substituir um aquecedor de acumulação ou pensa em substituir um chuveiro elétrico por aquecedor a gás, ou ainda em aplicações de uso intensivo, porém nestes casos também é necessário responder algumas perguntas adicionais, que você consegue acompanhar em nossos outros artigos.
O QUE CONDISERAMOS COMO UM IMÓVEL APTO A RECEBER UM AQUECEDOR A GÁS?
• Ponto padrão de Gás (em linha ou triangular);
• Tubulação Hidráulica (entrada e saída de água);
• Tubulação de entrada de gás (GN ou GLP);
• Pressão de Água (ideal 10 mca);
• Furo da chaminé (conforme o modelo a ser utilizado);
• Duchas adequadas (Recomendamos duchas com crivo de 2” e vazão de 8 l/m A 10 l/m, as quais são as mais indicadas, permitindo a condição de uso simultâneo e conforto no banho);
• Local adequado (conforme a norma NBR 13.103);
• Registros de água quente e fria com misturador em formato Y;
• Ponto elétrico (para Linha Digital) se não existir a pressão de água ideal de 10 M.C.A, é necessária a pressurização. A medição é feita, tomando-se por base o fundo da caixa d’água até o ponto mais alto de consumo (ducha), considerando-se apenas a distância vertical (isto acontece em residências térreas, sobrados, último andar de prédio e às vezes penúltimo). No caso de casas e sobrados é mais apropriada a instalação na saída da caixa (sistema By-Pass), com potência de ½ CV (conforme a vazão), e pressurizar a rede quente e fria. Não sendo possível, existe a possibilidade de se pressurizar somente a rede quente, nesse caso, a bomba deve ser de potência menor, de modo a evitar choque de pressão no misturador o que acarretaria a impossibilidade da mistura da água quente com a fria, para estes casos, recomenda-se uma potência de ¼ CV, no máximo. A escolha do tamanho do aquecedor vai ser dimensionada baseado no uso SIMULTÂNEO dos pontos de consumo que se queira usar.
Antes de mais nada, quando citamos “aquecedores a gás” estamos falando de aquecedores de água de passagem a gás, também conhecidos como aquecedores de água instantâneos a gás, ou ainda como aquecedores de água a gás sem tanque.
Com a principal (mas não única) função de fornecer água quente para o banho, estes aparelhos aquecem a água conforme a demanda, entrando em funcionamento quando é aberto o ponto de consumo (uma ducha, uma torneira…). Os aparelhos disponíveis no mercado brasileiro (até 70kW de potência) são submetidos a um rigoroso processo de certificação, contando com diversos dispositivos de segurança e com desempenho avaliado e comprovado em laboratório.
Uma das primeiras perguntas a se responder é qual o tipo de gás disponível na residência. A grande maioria dos aquecedores no mercado é disponibilizada em versões para GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) ou GN (Gás Natural). É importante frisar que não existem, atualmente, aparelhos bicombustíveis ou “flex”, portanto o aquecedor deve ser adquirido no modelo para o gás correto disponível no local de instalação, GN ou GLP.
Se você tem dúvida sobre o tipo de gás disponível, consulte uma fonte confiável, por exemplo o zelador ou síndico do condomínio, ou a companhia fornecedora de gás. Se tiver a oportunidade ao conversar com estas fontes, questione também as particularidades da instalação de gás (quando GLP, a capacidade de vazão da bateria é importante), medidor de consumo, reguladores e tubulações, que também influenciam na disponibilidade do combustível, e afetam o desempenho do aquecedor.
Caso se engane na compra e adquira o aquecedor com o gás equivocado, entre em contato com a loja para efetuar a troca do produto pelo modelo correto.
Não existem aquecedores certificados para o uso com “biogás”. Por não haver uma composição padronizada desse gás, não foram estabelecidos parâmetros de teste e segurança para seu uso nos aparelhos.
O aquecedor a gás esquenta água que pode ser distribuída para diversos pontos de consumo. Por exemplo, em um apartamento com dois banheiros o aquecedor pode fornecer água para as duas duchas, as torneiras dos banheiros e também para a pia da cozinha.
Depois de verificar quantos pontos serão atendidos, deve-se pensar em quantos pontos têm possibilidade de serem usados simultaneamente. Neste mesmo exemplo, se apenas duas pessoas residem neste apartamento de dois banheiros, se as duas duchas estão sendo utilizadas ao mesmo tempo, dificilmente uma torneira será aberta nesta hora.
Uma outra questão importante é saber qual a vazão destes pontos de consumo. Existem torneiras e duchas em que a saída de água é maior, em outras, menor, e isso afeta o desempenho do aquecedor. Uma dica: em duchas e torneiras novas, normalmente é possível consultar a embalagem ou outros materiais do fabricante.
Com a vazão dos pontos e a quantidade simultânea, é possível estimar qual a vazão necessária para atender a necessidade, e poder escolher o aquecedor mais adequado.
É uma casa térrea, um sobrado ou um apartamento?
No caso de apartamento, qual o andar? Quantos andares existem acima?
O aquecedor será instalado onde? Na área de serviço?
O apartamento é do tipo “studio” ou “loft” (sem divisões internas entre sala, cozinha, etc)?
Existe saída para o duto de exaustão ou já há duto instalado? Qual o diâmetro dele?
Existe ponto de energia elétrica próximo ao local reservado para o aquecedor?
Qual o diâmetro das conexões de gás e água disponíveis?
Estas características do imóvel influenciam no tipo de exaustão do aquecedor que pode ser instalado, bem como a necessidade de utilização de pressurizador de água para o bom funcionamento do aquecedor.
Podemos agora examinar as informações que normalmente são divulgadas na embalagem, no manual ou em outro material do fabricante, e explicar o seu significado.
A característica mais notável do aquecedor, e como costumam ser classificados em catálogos ou em sites de busca, é a capacidade de vazão. É muito comum já ter a informação de que você precisa de “um aquecedor de 21 litros” em um manual de proprietário do imóvel ou por dicas de amigos. É um número simples (que representa um conceito não tão simples) e ele pode ser usado de forma simples.
A capacidade de vazão em litros por minuto do aquecedor é derivada da potência do mesmo (expressa em kW ou em kcal/h). Consiste em quantos litros de água quente o aquecedor pode fornecer em 1 minuto de funcionamento (20º C de incremento de temperatura).
A maneira simples de se trabalhar com este número é que, sabendo-se o número de pontos simultâneos a serem atendidos e a vazão destes pontos, é possível se calcular o aparelho necessário. Exemplo, se você tem quatro duchas de 8 l/min para serem atendidas simultaneamente, você precisaria de um aquecedor de, no mínimo, (4 x 8) = 32 l/min.
A conta dificilmente será exata, e a escolha do aquecedor depende da sua exigência do desempenho e do clima da região. Por exemplo, duas duchas de 12 l/min = aquecedor de 24 l/min. Um aquecedor de 21 l/min, atende? Em um local de clima quente, pode-se dizer que ele atenderá bem na maior parte do ano, e em um dia mais frio o desempenho com os dois pontos abertos ao mesmo tempo não será tão bom. Mas seria suficiente para quase todos os meses. Em um outro exemplo, três duchas de 10 l/min = aquecedor de 30 l/min. Um aquecedor de 32 l/min, atende? Teoricamente sim, mas se for um local de clima muito frio, onde será exigida uma temperatura mais elevada da água, o conforto seria mais garantido com um aquecedor de 35 l/min.
A pressão de água ideal para o funcionamento do aquecedor varia de acordo com cada modelo e pode ser consultada nos materiais de divulgação. Via de regra, moradores de apartamentos terão problemas de pressão de água insuficiente quando no último ou no penúltimo andar (ou cobertura), e em casas e sobrados também pode ocorrer essa situação. Existem aparelhos pressurizadores (também chamados de “bombas”) para complementar a pressão de água da rede e obter o desempenho máximo do aquecedor.
Não é recomendável que em casas e sobrados se conecte o aquecedor diretamente ao fornecimento de água, pois a flutuação de pressão é muito grande e pode causar danos ao aparelho. O aquecedor deve ser sempre conectado à rede alimentada pela caixa d’água.
Uma forma de classificar os aparelhos é em mecânicos e digitais (ou eletrônicos).
A principal diferença entre eles é a questão do controle de temperatura. Nos aquecedores mecânicos normalmente não há ajuste automático de potência para compensar variações na vazão de água e/ou na temperatura de entrada. Os aquecedores digitais normalmente contam com a capacidade de modulação que determina a potência de acordo com a vazão de água e a temperatura selecionada em um controle. Com melhor controle da temperatura e da potência, os aquecedores digitais proporcionam maior conforto e potencialmente um menor consumo de gás.
Em relação a durabilidade, os aquecedores digitais também costumam ter vantagem, devido às características construtivas. Os digitais também são aparelhos que tem melhor desempenho na utilização de fluxo de água reduzido (torneira pouco aberta, “chuveirinho”, etc) em relação aos mecânicos, que com pouco fluxo de água podem nem ser acionados.
Ao pesquisar sobre aquecedores, você com certeza encontrará termos como exaustão natural e exaustão forçada. E este é um dos temas mais importantes com relação à segurança do aquecedor a gás e a que deve ser dada muita atenção.
A exaustão (ou tiragem como também é chamada) é a condução dos produtos da combustão para o exterior da edificação, de forma que não haja contaminação do ambiente. Estes produtos da combustão, entre eles o monóxido de carbono, podem trazer riscos à saúde e a vida caso não sejam adequadamente eliminados. Portanto, é fundamental que todo* aquecedor de água a gás instalado em ambiente interno esteja devidamente provido de um duto de exaustão em bom estado, em conformidade com as especificações do manual e com as normas e regulamentações de instalação vigentes. Os dutos devem ter o diâmetro correto de acordo com o modelo do aquecedor, respeitar comprimentos, inclinações, curvas e outras determinações do manual do fabricante e estar devidamente conectados ao terminal de exaustão, que também deve estar instalado apropriadamente.
(* existe uma pequena exceção na norma de instalação para aquecedores a gás sem duto até uma determinada potência que podem ser instalados em ambiente interno, porém não existem no mercado atualmente estes produtos disponíveis para venda).
A diferença entre exaustão natural e exaustão forçada é que esta última conta com uma ventoinha (também chamada ventilador) para auxiliar a condução dos produtos da combustão, sendo, portanto, mais seguros. Aquecedores de exaustão natural, por não ter nenhum tipo de “auxílio” para a condução dos gases, têm exigências mais rigorosas para o local de instalação, no que diz respeito ao número e tamanho de aberturas de ventilação. Por serem mais suscetíveis aos efeitos de vento, também não se recomenda a instalação de aquecedores de exaustão natural em andares altos (acima do 5º andar geralmente).
Um ponto positivo para os aquecedores de exaustão natural (um dos poucos) é que eles normalmente funcionam sem necessidade de conexão à rede elétrica – utilizando pilhas. Com isso, podem fornecer água quente mesmo no caso de queda de energia, e até são recomendados para uso em áreas isoladas com muita incidência de relâmpagos.
Existe um terceiro tipo chamado de fluxo balanceado (ou circuito fechado). A diferença deste é que não há consumo do oxigênio do ambiente para a combustão, sendo um aparelho mais seguro, e, portanto, com menos restrições no ambiente de instalação – por exemplo, são os únicos aquecedores onde é permitida a instalação dentro do banheiro. No entanto, para funcionar adequadamente estes aparelhos também tem algumas particularidades técnicas, inclusive na configuração dos seus dutos, o que não torna tão simples sua instalação.
Relacionado à eficiência energética, o rendimento do aparelho a gás é razão entre a quantidade de energia transferida para a água (aquecimento) e a quantidade de combustível consumido (gás). Mas alguns pontos devem ser levados em consideração:
– O consumo de gás identificado no aquecedor é o consumo na potência máxima. Se você utiliza menos do que a capacidade máxima do aquecedor (exemplo, usa regularmente uma ducha de 10 l/min e um aquecedor de 21 l/min) seu consumo vai ser proporcional. Isso significa também que, para atender a mesma necessidade, digamos, essa mesma ducha de 10 l/min, um aquecedor de 12 l/min, um de 15 l/min, ou um de 21 l/min terão praticamente o mesmo consumo de gás (contando que o rendimento seja equivalente).
– O rendimento é uma medida de comparação entre aquecedores de potências similares. Um aquecedor de rendimento melhor, mas que tenha maior capacidade de vazão, possivelmente vai ter sim um consumo de gás maior – embora com mais eficiência.
– Aquecedores de alto rendimento precisam ter meios de lidar com a condensação dos produtos da combustão para evitar danos aos dutos e ao aparelho, o que é uma tecnologia mais avançada (chamada condensing).
Todo aparelho a gás, de acordo com as normas vigentes, deve ser instalado por profissional qualificado. Aquecedores a gás, que, ademais, envolvem conhecimentos de hidráulica para sua instalação, não são diferentes. Uma instalação inadequada afeta negativamente o desempenho do aparelho e muitas vezes é a causa de acidentes que, na melhor das hipóteses, apenas causa danos materiais ao imóvel. Não se pode colocar em risco a saúde e a vida dos moradores de uma residência ou de um condomínio. Novamente, ressaltamos, apenas profissionais devidamente qualificados devem prestar serviços de instalação e manutenção de aquecedores a gás.
À parte do profissional, a utilização de materiais secundários de qualidade também é fundamental para o desempenho e segurança da instalação. Dutos de exaustão e terminais, tubulações e registros de água e gás, acessórios como pressurizadores e outros, também impactam no funcionamento do aquecedor.
Aquecedores a gás levam ao desperdício de água? Isso é mito.
É verdade que um banho com aquecedor a gás pode consumir muita água. Existem duchas de 15, 20, 40 ou mais de 70 litros por minuto! Este grande volume de água consumido pelas duchas proporciona uma ótima sensação de conforto, e consequentemente tem o seu “preço” no consumo. Por outro lado, existem duchas de 6 a 8 litros por minuto com desempenho excelente e que garantem banhos também confortáveis. A escolha por uma ducha de maior ou menor vazão é o que pesa no consumo de água, não o sistema de aquecimento.
Um outro ponto é a questão da “demora para esquentar”. Muitas vezes acredita-se que o aquecedor é lento para aquecer a água pois se abre a ducha e leva alguns segundos, ou até minutos, para começar a sair água quente. Isso não é devido à demora por parte do aquecedor, e sim da distância entre este e o ponto de consumo. A tubulação contém água que não passará por dentro do aquecedor e que deve sair para dar lugar à água quente, e quanto maior a distância, maior a quantidade de água fria. Para resolver esta situação, a rede hidráulica pode ser modificada de forma a compor um anel de circulação, permitindo que, com o uso de um sistema apropriado, a água fria seja direcionada para o aquecedor e não desperdiçada. Embora essa mudança exija geralmente uma reforma, o ganho em economia é significativo. Além disso, muitos imóveis recém-construídos já foram projetados com o conceito da circulação e o ponto de instalação do aquecedor o mais próximo possível dos pontos de consumo, assim, diminuindo o trajeto da água quente.
Isso foi o que você precisava saber, no mínimo, para poder avaliar os aparelhos com propriedade e efetuar uma boa compra, que, esperamos, lhe garantirá conforto, segurança e economia em suas necessidades de água quente. Existem ainda muitos outros detalhes e características técnicas, que podem ser estudadas em outros artigos e que irão aprimorar ainda mais sua escolha. Conhecimento é fundamental para uma compra consciente!
INSTALAÇÃO DE:
Aquecedores
- Solar - A Gás - Elétrico.
Pressurizadores
Piscina
- Filtros, Bombas e Aquecedores
ASSISTENCIA TECNICA ESPECIALIZADA:
Fazemos manutenção preventiva e corretiva.
Se necessário, temos equipamentos para substituir temporariamente no periodo de sua manutenção.